Morada das Mentes
Um lugar para mentes afins, reunirem-se e conectarem-se a fonte novamente.
terça-feira, 16 de junho de 2009
INCONQUISTAVEIS - A historia perdida de um mago chamado Zanoni
Labirinto de Wynna.
Esse aposento funesto contrasta violentamente com o resto da masmorra. Não há arco-íris aqui, apenas tochas de chamas demoníacas. As paredes enegrecidas são adornadas com cenas de escravidão e tortura. No chão, o círculo de Teleportação Planar parece ter sido traçado com sangue. Logo à frente, sobre um trono, repousa um imenso humanóide de pele negra, olhos vermelhos e dois pares de chifres retorcidos, que lembra um demônio. Um par de asas membranosas farfalha, enquanto seu olhar dispara ódio puro contra o recém-chegado...
— Ora, ora, o que temos aqui, um mago! Onde estão seus companheiros, desistiram de enfrentar – me! Hahaha...
Zanoni ignora as frases do demônio e segue em sua direção parando a poucos metros de onde ele se encontra, seu semblante transparece uma calma incomum para aquele ambiente.
— Não fala nada! Pois bem, irei lhe fazer uma proposta. Você me ajuda a sair dessa maldita prisão e poupo a sua vida o que acha? O demônio parecia dizer a verdade, mas Zanoni continuava parava a frente do demônio com aquele olhar tranqüilo em seu rosto.
— O que há com você? Esta com tanto medo que não consegue falar. Hahaha... Vamos o que acha de minha proposta? Espere um instante você não é...
O demônio não teve tempo de terminar a frase, porque o corpo de Zanoni desaparecera, revelando ser uma ilusão criada pelo mago, assim que a magia de ilusão se desfez o mago apareceu no alto do aposento voando e segurando em suas mãos uma energia negra que o demônio sabia muito bem ser o que era.
— Você diz tolices demais para uma criatura das trevas, vejo que a Deusa da Magia escolheu um guardião fraco demais para esse desafio, se bem que para mim você já nasceu derrotado! Desapareça! Dragon Slayer!
A energia negra que sai das mãos de Zanoni acerta o demônio em cheio, explodindo em seguida tomando todo o aposento com suas chamas negras. Zanoni por pouco não foi alvo da explosão, ele calculou exatamente onde ficar para não ser pego pela magia que agora desaparecera. No lugar onde estava o guardião apenas se via algumas cinzas que supôs o mago serem dele.
— Como sempre, você me decepciona. Esperava mais.
— Eu também, mago! O demônio surge atrás de Zanoni e com suas garras acerta o mago que voa em direção ao solo. Fraco demais, achou que uma magia daquelas poderia me matar, não seja tolo, eu sou muito resistente a energias provenientes de meu plano, ou será que você não sabia, de algo tão básico. Hahaha.
Ele estava certo, mas Zanoni não tinha utilizado aquela magia por nada, essa era a magia ofensiva mais forte que ele havia preparado, mesmo sabendo que ele tinha certa resistência, algum ferimento ele causou com toda certeza, isso já era o suficiente, agora ele iria atacar com as magias menores.
Zanoni deu um impulso e voou em direção ao guardião parando a certa distancia para poder preparar suas magias.
— Espere um instante, eu conheço você! Qual seu nome?!
— Eu sou Zanoni Alexander Zicci III e nunca nos vimos antes demônio.
— Zanoni... Zicci... Ah sim agora lembrei! Você deve ser parente daquele outro mago chamado Zan, certo?
— Onde você conheceu meu pai, verme, fale! Zanoni tinha mudado sua expressão no rosto de passividade para perplexidade, como aquele demônio conhecia o nome de seu pai...
INCONQUISTAVEIS - A historia perdida de um mago chamado Zanoni
Labirinto de Wynna.
— Zanoni? Você está bem? O que aconteceu? Como você veio parar aqui? — Link disparou uma série de perguntas, demonstrando grande preocupação enquanto aproximava-se do corpo completamente pálido de Zanoni que estava estirado no chão do aposento que o grupo acabara de entrar.
— Onde estou? — perguntou Zanoni, mais para si mesmo do que para os outros.
Sentia uma leveza no corpo fora do normal, era como se tivesse retirado todas as responsabilidades, culpas e preocupações de seu corpo. Acreditava que não precisaria nem usar mais a magia de vôo que tanto gostava de usar. Ele olhou ao redor tentando se restabelecer no espaço-tempo, pois sentia que tinha acabado de chegar ali, naquele lugar, naquele mundo... Olhou a sala em que estava, era muito bonita, cheia de tapetes na parede com imagens de lutas entre magos, o chão era feito de pedra, muito parecido com aquele de grandes castelos, a luz do ambiente vinha de tochas que emanavam uma luz branca! Ah sim, estava no Desafio de Wynna, a Deusa da Magia, mas como viera parar ali, perto dos companheiros, se tinha ficado para trás? Não estava entendendo o que ocorria, olhou na direção da voz que parecia ser a de Link. Sim, ali ajoelhado ao seu lado, estava o meio-elfo e líder do grupo Link, Clérigo de Khalmyr Deus da Justiça. Pensou em perguntar a Link o que acontecera, mas pela cara de surpresa do meio-elfo, percebeu que sabia menos do que ele. Inconformado com o ocorrido, porém sentido uma paz imensa, Zanoni apanhou seu cajado e levantou-se, mas no momento que ficou de pé teve um lampejo de uma memória e lembrou-se da conversa com aquela Voz, isso o fez pegar o cajado e começar a girar em torno de si mesmo, lembrou que a Voz iria submetê-lo a um teste, mas qual, não pode lembrar.
— O que houve Zanoni? — Link perguntou já sacando sua espada e tomando a dianteira do grupo.
— Inimigo! Todos a postos! — bradou Link.
Contudo já não havia necessidade, ao virem o gesto de Zanoni e Link todos prontamente tomaram posição de batalha. Yuriko, a jovem Samurai, sacou suas espadas e fez uma prece em voz baixa ao Deus Dragão Lin-Wu, e no momento seguinte suas espadas romperam em chamas. Arthus, um Ladino (não que ele assumisse), agilmente sumiu como se estivesse entrando nas sombras, pronto para atacar o inimigo assim que se aproximasse o suficiente. Flint, um raivoso anão, que já estava com o machado na mão fixou os pés no chão de uma maneira que parecia irredutível como uma montanha. Delvinakion clérigo de Sekmeth, apenas aproximou-se mais do grupo, para ele, um Clérigo da guerra, bastava sentir o deslocamento do ar, que em questão de segundos já estaria com sua espada pronta. Sirius, um elfo ranger, apenas aproximou-se do grupo e começou a procurar por algum inimigo utilizando sua privilegiada visão élfica. Todos já estavam prontos quando o mago abaixou seu cajado, desistindo de procurar algo.
— O que foi Zanoni? O que esta acontecendo? — Link já guardava a espada entendendo que não havia perigo algum.
— Nada, apenas um presságio... devemos voltar aquele portal, já sei como quebrar o encanto. — e olhou para o grupo passando a sensação de que estava tudo bem.
— Vamos retornar então! — ordenou Link, mas sentiu algo errado, desde quando o mago tinha presságios? Achou melhor ficar com a mão no cabo da espada, caso acontecesse algo e olhou na direção de Delvinakion que fez o mesmo.
***
— Chegamos. — Disse link parando enfrente ao portal.
— Afastem-se, pode ser perigoso. — Disse Zanoni tomando a frente do grupo.
— Janua Aperire — Disse o mago em seu dialeto arcano, fazendo gestos em direção ao portal que se abriu em seguida, revelando um corredor tocado pela escuridão.
— Sinto o mau. — Disse Link, ao sentir seu corpo se arrepiar com toda a maldade que emanava do corredor, logo em seguida foi em direção ao corredor pronto para acabar com aquilo que o incomodava naquele lugar, mas assim que ia passar por Zanoni, este o interrompeu.
—Não seja tolo, Servo da Justiça. — Disse Zanoni num tom de voz que irritava Link, pois o fazia parecer algum tipo de escravo ou bobo por devotar sua vida a um deus, estava começando a se enfurecer porque o mago se colocara no seu caminho.
— O que quer Zanoni? Não vê que estamos diante do mau? Devemos extingui-lo o mais breve possível, a justiça tem que ser feita, saia da frente! — E fez menção de continuar, mas Zanoni continuava em sua frente.
— No final desse corredor se encontra o guardião de Wynna.
— Eu sei Zanoni, agora saia! — disse Link mais nervoso agora do que nunca.
Porque o mago não saia da frente, porque continuava com aquele tom de enigma? Tudo era muito óbvio, o guardião era uma criatura maligna e eles tinham que destruí-lo!
— Não vou sair da frente. —Disse o mago irresoluto.
— Zanoni... — Link começou a falar, mas calou-se porque sabia que aquela discussão não levaria a lugar algum.
— Daqui para frente, apenas aqueles que tiverem controle sobre si poderão prosseguir e no momento você não é uma dessas pessoas.
— Bah! Não diga asneiras Zanoni! Acha que eu não tenho controle sobre mim?! Não diga tolices e saia da minha frente agora senão...
— Senão o que Link?Zanoni dando alguns passos para trás ergue o cajado e olhou para todo o grupo. — Daqui para frente seguirei sozinho, obrigado por tudo. Saeptum invisibilis virtus.
Tudo aconteceu muito rápido, Zanoni baixou o cajado e no momento em que tocou o chão surgiu em torno dos membros do grupo aquela muralha semitransparente que o mago sempre usava para deter ou aprisionar os oponentes, em seguida, o mago proferiu algumas palavras mágicas, mas não ouve nenhuma mudança aparente no local.
— O que você está fazendo Zanoni, ficou louco?! Você não pode contra ele sozinho! Link tinha passado de furioso para perplexo.
O mago olhou para o grupo com uma expressão que parecia um sorriso, voltou – se em direção ao corredor que daria aos aposentos do Guardião e partiu ouvindo os protestos de Link e dos outros membros do grupo.
***
INCONQUISTAVEIS - A historia perdida de um mago chamado Zanoni
Arton ano de 1400, Reinado, Estátua de Valkaria.
Labirinto de Wynna, Mansão Magnífica de Zanoni.
Zanoni estava inquieto, sentia uma dor de cabeça e um mal-estar terrível, na altura do estomago. O mago não sabia o porquê disso, a única coisa que sabia era que precisava meditar um pouco, relembrar algumas magias e enfrentar o guardião. Mas estava nervoso, achou aquilo engraçado, como podia estar nervoso? Não era a primeira vez que enfrentaria sozinho um usuário de magia como ele, pelo contrário seus anos de estudo na Grande Academia Arcana já tinha lhe proporcionado muitos combates desse tipo, tudo bem que o oponente era muito forte, mas não era isso que ele sempre buscou? Desafio. Superação. Um oponente tão forte quanto ele, um oponente que o faria puxar todo seu potencial. Sabia que não tinha nenhuma chance contra Talude e Vectorius (e aquela elfa chamada Niele, talvez não conseguisse vencer por causa do cajado que ela carrega, não sabia muito sobre o cajado, mas na única vez que o viu sentiu um poder emanando dele fora do comum, era uma energia gigantesca. A elfa sem aquele cajado, imaginou ele, talvez não fosse tão forte — “Uma pessoa que se comporta do jeito dela não deve ser muito forte” —, mas como ela nunca andava sem ele...) Mas um dia seria tão forte quanto seus mestres, mas para isso, precisava estudar e praticar muito para chegar aquele nível. Balançando a cabeça mandou embora todos aqueles pensamentos, precisava meditar e planejar a melhor maneira de vencer o guardião.
Poucos minutos depois Zanoni encontrava-se em total silencio, então ouviu uma voz.
— “Finalmente conseguistes chegar.”.
— Quem é? Quem ousa penetrar em meus pensamentos? — respondeu o mago, atônito com aquela situação.
Não tinha deixado brechas para que penetrassem em sua mente, mas alguém conseguiu, só poderia ser o guardião, pois sentia um imenso poder vindo da voz.
— Não lembras mais de mim? Estou tanto tempo longe de ti? — indagou a voz.
— Quem está falando? — insistiu Zanoni.
— Sou Aquele que sempre esteve contigo, nas horas boas e ruins. Aquele que sempre te auxiliou em tudo que fizeste nesta tua nova vida, sou Aquele que diz a ti o que fazer nas horas em que ficas em silêncio para tomar decisões ou meditativo como esta agora. Eu Sou Você Zanoni Alexander Zicci III, que também já se chamou Zicci, o cabalista Eliphas Levi; Rafagael, o Faraó Thutankamon, o Faraó Amnoteph; o Vampiro Raziel; o samurai Kamui; o caçador de recompensas Zoro Três Espadas; o artista marcial Bruno; o assassino Jason; o Rei Ricardo; entre muitos outros, que não são necessários revelar agora. — respondeu a Voz em tom de autoridade.
Zanoni não podia acreditar que aquilo era verdade, isso só podia ser obra do guardião, mas aquela voz lhe parecia tão verdadeira que era difícil não acreditar, mas essas últimas palavras trouxeram ao mago razão, como podia ser avô de si mesmo? Como era possível ele ter sido todas essas pessoas? Ele não iria desistir, iria encarar esse novo inimigo de todas as formas possíveis.
— Se você é quem diz ser, prove então. — disse o mago com uma voz de quem tinha pegado um farsante.
— Dúvidas sobre minhas palavras mago Zanoni? Tem certeza do que está falando? Poderá não resistir ao teste...
— Teste? — surpreendeu-se Zanoni. — Do que esta falando? Quem é você para me testar? Nunca te vi, nem sei de onde vem, pois bem, faça seu teste e irei te mostrar toda minha força e irei banir-te para sempre de minha presença, criatura desconhecida!
Zanoni já tinha se preparado para aquilo, essa era a chance que tinha de descobrir com quem falava, pois no primeiro descuido daquele ser iria sobrepujá-lo e dominá-lo, obrigando a ser seu servo por toda a sua existência.
— Sou e sempre serei teu servo Zanoni.
O mago se assustou, como ele tinha descoberto esse pensamento?
— Mas vejo que ainda duvidas de mim, pois bem que seja feito o teste, mas nunca se esqueça, estarei sempre contigo.
Uma Luz inundou os pensamentos de Zanoni e limpou as trevas que ali havia...
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
INCONQUISTAVEIS - A historia perdida de um mago chamado Zanoni
Labirinto de Wynna.
— Você está bem Zanoni? Esta parecendo um pouco fraco, tem algum ferimento? — perguntou Link o meio elfo e clérigo de Khalmyr Deus da Justiça.
— Estou bem, não precisa se preocupar comigo. — disse Zanoni o mago do grupo.
— Como está indo com a porta, Arthus? — perguntou Link para aquele que estava próximo a uma porta muito grande, cheia de escritas mágicas.
— Já estou acabando, falta destravar só mais uma armadilha e podemos entrar. — disse Arthus num tom confiante para qualquer um...
— Pare já com suas mentiras Arthus, já lhe falei sobre elas! O que está acontecendo? Alguma armadilha que não conseguiu desativar ou dispositivo que ainda não localizou? —... exceto para Link, clérigo de Khalmyr, que podia sentir quando alguém estava mentindo sem qualquer dificuldade.
— Talvez eu possa destravá-la. — ofereceu-se Sirius o elfo e ranger do grupo.
— Essa é boa! Um ladrão que não sabe abrir portas e um elfo querendo exercer seus dons de nascença! Que Sekmeth nos proteja! — disse Flint o anão e guerreiro do grupo.
— O que você disse Flint? — perguntou Sirius retirando da bainha as duas espadas. — Repita o que disse e verá o que de melhor um elfo sabe fazer! — desafiou o elfo apontando suas duas espadas na direção de Flint.
— Agora você vê! Um meio metro de gente querendo desmerecer minha capacidade! Vá procurar um gato para brincar vai “Tremedeira”.
E terminando o comentário Artus começou a tremer e botar a língua para fora, fazendo com que um pouco de baba saísse de sua boca. Isso foi o suficiente até para o elfo desistir da briga para cair na gargalhada, porém isso irritou tanto Flint que este sacou seu machado e partiu para cima dele, mas antes que pudesse fazer algo a voz de Zanoni se fez ouvir, o que fez o anão parar seu acesso de raiva e também a todos voltarem-se para escutar suas palavras.
Link estava absorto em seus pensamentos, que não ouviu o inicio da discussão, ele estava reparando o mago e tentando entender o que ocorria com ele. Desde que entraram naquele desafio em específico o mago tinha mudado razoavelmente, seus amigos não haviam percebido isso, mas Link era o líder do grupo, era sua tarefa se importar todos e com tudo que pudesse desestruturá-lo. E nesse momento esse fator se mostrava constante em Zanoni desde que entrara no Labirinto, o mago mostrava-se cansado e abatido, e ao mesmo tempo com certa inquietude, como se algo de muito importante estivesse para acontecer e somente ele poderia resolver.
— “Até aí tudo bem!” — pensava Link, pois o mago sempre se mostrou meio neutro e individualista, só pensando no grupo quando o perigo era realmente grande e que não poderia resolver sozinho, como por exemplo, aquele fantasma no Labirinto de Tenebra a Deusa da Noite. Aquele, sabia Link, tinha sido uma humilhação muito grande ao mago que até aquele momento se mostrou uma peça forte no grupo, sempre prestando auxilio mágico nas batalhas com seus Relâmpagos e Bolas de fogo e mesmo fora das batalhas com suas Muralhas de vento ou energia, que paravam qualquer coisa... exceto, — lembrou-se Link —, aquele golem de Tanna-toh, que havia destruído a barreira criada por Zanoni com o próprio punho, e ainda, acertando e ferindo gravemente o mago, obrigando-o a retirar-se da sala onde o combate desenrolara e aparecendo apenas mais tarde... Ainda houve a última no Desafio imposto por Tauron onde o mago foi pego como um peixe em uma rede, jogada pelo guardião e inutilizando-o imediatamente até que Arthus fosse até ele para retirá-lo de lá.
Aquele mago que tinha se mostrado sempre tão orgulhoso de si mesmo estava sofrendo humilhação atrás de humilhação durante os desafios recentes, e talvez fosse isso! Zanoni queria provar que era forte! Mas como? — “É claro! Que tolo sou eu” — pensou Link, a melhor forma de provar isso era derrotando o guardião de Wynna sozinho e demonstrando todo seu poder arcano para o grupo e para si mesmo. Mas Link não iria permitir tal sandice, mesmo que o poder do mago ali naquele labirinto tinha se fortalecido, não deixaria ele praticar tamanha loucura, pois se tal duelo acontecesse e o mago fosse derrotado e morto talvez não pudesse trazê-lo de volta à vida, pois precisaria de um corpo, coisa que acreditava não haver como sobrar após um duelo contra o guardião e que qualquer tipo de ajuda dentro daqueles Labirintos era bem vindo, inclusive ajuda arcana. E Zanoni não aparentava ser um devoto fervoroso da Deusa da Magia, para que ela o trouxesse de volta como fez Glórienn, a Deusa dos Elfos, com Sirius, muito pelo contrário, apesar de Zanoni sempre ter demonstrado sua crença na existência de um Panteão ele nunca mostrará nenhum tipo de devoção a qualquer um deles.
Mas tinha algo no mago, Link sentia isso, não sabia o que era, mas tinha certeza que havia algo especial, era como se o mago estivesse aos poucos sumindo para dar lugar a algo novo, um novo poder, um novo Zanoni! Era isso que Link sentia ao olhar Zanoni, mas como isso se daria ou como seria Link não saberia dizer.
***
E do meio desse mar de pensamentos sobre Zanoni, Link sentiu-se arrebatado pela voz de Zanoni que estava carregada de certa autoridade, esta que ele nunca tinha ouvido até agora da boca do mago.
— Basta com essas infantilidades! Vocês já passaram por vários perigos JUNTOS, e ainda continuam com essas briguinhas sem sentido. Não vêem que isso só irá levar a desunião e quem sabe ate a destruição deste! E Arthus desista da porta ela está trancada magicamente você nunca conseguirá abrí-la.
— Mas eu já verifiquei e não tinha nada mágico na port... — Começou Arthus a protestar assim que o mago terminou de falar, mas antes que pudesse terminar a frase Zanoni, apontou o dedo para a porta e pronunciou coisas ininteligíveis para Arthus, que sabia apenas que aquele linguajar significava uma coisa: magia. Assim que o mago terminou de pronunciá-las uma rajada de energia esverdeada saiu da ponta de seus dedos e bateu diretamente na porta. Artus no susto saltou para o lado oposto de onde a magia havia atingido a porta, pronunciando algum tipo de xingamento para o ato inesperado de Zanoni.
—Vamos parar por aqui e descansar, preciso relembrar o encantamento para abrir esta porta. — E voltando-se para o Leste o Mago proferiu algumas palavras no idioma mágico, fazendo aparecer uma porta que todos sabiam ser o abrigo que eles sempre utilizavam para acampar em segurança.
— Não quero parar agora, acabamos de entrar no labirinto. — Disse Sirius, olhando para Link como se estivesse pedindo sua opinião. Link percebendo o sinal de Sirius foi falar com Zanoni.
— Irá demorar muito para conseguir conjurar de novo a magia? Perguntou Link.
— A magia não é uma ferramenta tão simples de ser utilizada, precisa-se de tempo, esforço, capacidade e principalmente força de vontade. Não é só pedir para que ela venha.
— Eu sei Zanoni. — Disse Link com uma cara séria por causa do comentário de Zanoni. —“Talvez no seu caso...”.
— Então não me amole! — virando – se para o resto do grupo falou: — Façam o que quiserem, ficarei aqui, quando estiverem cansados de darem voltas por esse labirinto retornem para podermos seguir adiante. — E entrou no abrigo fazendo a porta sumir logo em seguida.
— O que deu nesse mago? Perguntou Flint.
— Ficou muito perto de anão e acabou pegando a maluquice. —Terminou Arthus dando uma olhada sarcástica para Flint.
— Ora seu... — disse o anão e partiu para cima de Arthus.
— Parem já com isso. — gritou Link impaciente com toda aquela história. — Vamos fazer como Zanoni falou, daremos uma busca pelo labirinto enquanto ele relembra a magia. Agora, vamos andando.
— O que está acontecendo com esse grupo... Daí-me forças Sekmeth... — terminou Flint olhando para baixo.
Considerações
Então começãrei com a Historia de Zanoni, um mago e mistico do mundo de Arton, do cenário de Tormenta, esse é o background(historia da vida do personagem) dele e começa dentro da Estatua da Deusa da ambição e dos humanos, Valkarya.
Boa Leitura^^
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Piece of Love
Darei uma resumida apenas para se conceituarem no texto a seguir.
Ágape – era o amor na sua forma plena, Deus presente. Ele quem dava significado a tudo.
Eros – era o amor na forma sexual, atração. Geralmente entre seres de sexo oposto.
Philia – era o amor na forma de amizade, geralmente entre seres do mesmo sexo.
Meditando uma vez sobre essa compreensão que os gregos tinham sobre amor e suas divisões, cheguei à conclusão que o amor era realmente como um quebra cabeça.
Agora viajem comigo, imaginem um quebra cabeça, onde cada peça é um ser humano e Deus (Ágape) seria o quebra cabeça completo.
Agora imaginem cada peça individualmente, veremos que existem peças que se encaixam com muitas peças e outras, as peças do canto, se encaixariam em apenas uma ou duas, agora imaginemos que cada encaixe seja uma forma de Eros ou Philia, talvez você comece a compreender apartir de agora porque existem pessoas sozinhas, não é porque ela tem algum problema social, apenas porque nessa encarnação ela já não é uma peça que necessita de tantas outras para ter “sentido”.
Acredito que depois de ter lido o ultimo parágrafo você tenha se perguntado, “nesta encarnação?”, ora, sabemos que não existe apenas um quebra cabeça no mundo certo, porque o quebra cabeça de Deus só pode haver um, isso seria uma injustiça para com Ele.
Como sempre esse foi apenas um rascunho da obra, mas, acredito que tenha sido o suficiente para vocês adequarem suas ideias e vivências a esta analogia e também ter percebido algumas “ideias” que tenho apenas no original. Espero que tenham gostado da leitura e caso queiram ler a obra completa é só entrar em contato e irei na medida do possível lhe passar a obra integral.
Namaste.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
O Caminho da Espada
Todo homem em uma determinada fase de sua vida precisa de uma espada, ele poderá evitar por longo tempo os demônios do mundo, mas, não para sempre.
Todo homem pode ter uma bainha para guardar sua espada. Às vezes alguns homens confundem suas bainhas com espadas e a ergue para os demônios e os chama para o combate. Mas o homem não percebe que a bainha não corta os demônios, apenas os coloca para dormir, por algum tempo...
Um homem que possui uma bainha e uma espada irá longe, pois, pode guardar e conservar sua espada por muito tempo, até que chegue o momento do verdadeiro combate.
O homem pode andar com a bainha e assim não será desafiado pelos demônios. Agora, aquele que possuir uma espada e não tiver uma bainha, nunca poderá descansar, porque todo lugar que ele for os demônios irão querer enfrentá-lo, por causa disso, ele sempre terá que andar em posição de combate e demorará muito para chegar ao final, mas, quando conseguir, sua espada não terá mais fio, devido o desgaste das batalhas.
Aquele que possui os dois objetos poderá descansar e evitar alguns combates desnecessários com demônios que ele já enfrentou antes.
Possuir só a bainha é demonstrar temor diante dos adversários e fugir das oportunidades de aprimorar seu estilo.
Possuindo somente a espada ele irá defrontar varias vezes os mesmos demônios desnecessariamente.
Nunca devemos fugir dos demônios, pois isso diminui sua habilidade no manejo da espada e atrai vergonha e desonra perante outros combatentes e os demônios menores causando danos que poderão ser fatais durante o Caminho.
Ao adquirir sua espada treine o máximo que puder, absorva o conhecimento daqueles que estão a sua frente e prepare-se para o combate, ele pode acontecer a qualquer momento.
Não devemos nos preocupar quando estivermos com nossas espadas embainhadas, os demônios nunca atacam quem está desarmado, a não ser é claro, aqueles de classe inferior.
Tolo é o homem que possui apenas uma bainha e corre em direção aos demônios para destruí-los, mal sabe ele, que será ignorado pelos demônios verdadeiros e que não importa quantas batalhas ele tenha ganhado com aquela bainha, seus inimigos derrotados sempre retornarão.
Esse homem que só possui uma bainha não sabe e nunca saberá o que é um combate e o valor que ele possui só pelo fato dele não saber o peso e a responsabilidade que é ter uma espada. Será visto por todos como um menino que enfrenta galinhas pensando que são dragões.
Muito cuidado deve ter o homem que só possui uma espada, pois pode ficar louco e muito cansado devido o peso e a responsabilidade de ter uma espada.
Namaste
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Bereshit Avatar - No Principio, A Lei Desceu...
No Principio
“Nunca pensei encontrar este portão fechado, mas também, depois do que acabo de fazer, eles não deveriam tomar outra medida. Espero que pelo menos para mim os portões se abram...”.
O portão se abre, eis que uma figura surge empunhando uma espada feita de chamas e uma armadura reluzente como o nascer do Sol e cegava qualquer mortal que ousasse olha-la de frente, mas aqueles que conseguiam vê-la, se vacilassem, ficavam fascinados, pois era feita de diamantes com placas de metal tão resistente que o melhor ferreiro do mundo não conseguiria derretê-la no fogo, e fatalmente pereceriam num fulgor de pensamentos por aquela espada que alem de bela podia cortar o metal mais resistente como um pedaço fino de papel cortado por uma tesoura.
- O que faz aqui? Acredita mesmo que vai entrar depois do que acaba de fazer? Sei que você é forte, mas enquanto eu estiver sob a proteção e vontade dele nenhum inimigo poderá me vencer.
- Não seja tolo! Saia do meu caminho tenho assuntos importantes para resolver e não posso perder tempo aqui com você e suas intrigas sem fundamentos.
Segui em sua direção sabendo que ele me atacaria, mas quando cheguei perto o suficiente para fazer com que recuasse para poder atacar com a espada parei e disse gentilmente.
- Por favor, saia do caminho, sei que queres o melhor para todos, mas não pode me vencer, pois se você esta sob a guarda dele, eu também estou.
Tudo acontece num instante, primeiro um flash mostrando minha conversa com o mestre no jardim me dizendo o que eu deveria fazer, e no outro instante ele me atacando com sua lâmina flamejante com uma fúria quase animal.
- COMO OUSAS DIZER QUE ESTÁ SOB A PROTEÇÃO DE MEU PAI!!!
Apesar de parecer um animal feroz, ele ataca como um espadachim treinado nas artes. É difícil desviar de seus ataques rápidos e mortais, mas parece que ele se esqueceu do fundamental, eu sou o segundo mais forte. E com apenas um movimento consegui sacar minha espada e ao mesmo tempo bloquear seu ataque incessante.
- Acabou, você não pode me vencer não importa o que você faça...
Então algo que eu não esperava aconteceu. Ele guardou sua espada e começou a invocar o poder das potências criadoras.
- Se eu não posso vencê-lo com minha arma, só me resta uma alternativa...
Não acreditei quando ele começou a invocar o poder dos El***, ele realmente queria acabar comigo!
- Acalme-se! Não faça isso! Nem mesmo eu consigo controlá-los direito, você irá sumir comigo e com você, desista!
- Se para acabar com você isso for necessário, tenho certeza que será valido!
Mas antes que eu podesse fazer algo para impedi-lo, uma voz imponente como a de um mestre da Verdade, soou pelo portão atravessando os campos e os corpos daqueles que ali estavam observando a batalha que se desenrolava nos campos.
- Parem já com esta luta! Não vêem que é inútil! Você! Quem mandou ataca-lo?!
- Irmão não está vendo quem é? Este que quer entrar em nosso reino, é aquele que atraiu a desgraça para os outros! Não podemos deixá-lo sair impune! Temos que acabar com ele agora!
- Eu perguntei quem mandou você fazer isso, não perguntei quem é que está querendo entrar.
- Ninguém me mandou... Acredito que não preciso que ele me mande fazer algo tão óbvio.
- Diga-me uma coisa, quando em toda a sua existência você fez algo sem a permissão dele? Mesmo que fosse óbvio que ele iria mandá-lo fazer?
- Nunca...
- Então saia da frente e deixe-o entrar, não esqueça que quando baterem em nossa porta deve abri-la!
- Você está certo... vamos entre, o que deseja em nossa casa? Falou em tom de compaixão, como se eu fosse um mendigo.
- Vim falar com nosso senhor, ele pediu para que viesse aqui depois da tarefa comprida... Dessa vez nada pude fazer, em uma velocidade incrível, ele saca sua espada e com um golpe, corta minha armadura com sua lâmina ardente fazendo um corte superficial em meu corpo.
- COMO OUSAS DIZER QUE FOI À MANDO DELE QUE FIZESTES AQUILO!!!
- Já basta! Então aquele que interrompeu a batalha anterior com sua voz grave paralisando todos, surge entre nós e com a espada em punho.
- Já basta! O que foi que eu disse?! Deixe-o passar, se ele fez alguma coisa de errado, não compete a nós julga-lo.
- Eu sei disso, mas não posso deixar que ele pronuncie o nome de nosso mestre e nem diga algo tão absurdo!
- Cale-se!!! Ordenou em tom de comando. “E quanto a você, vá e que a paz esteja convosco.”
- Assim Seja! Respondo prontamente.
- Que a Luz do Criador esteja sempre contigo para iluminar teus caminhos. Diz meu agressor. Olho para ele e sem dizer nenhuma palavra fecho os olhos e abaixo a cabeça em um silente agradecimento.
Sigo em frente pela estrada que leva até a Mansão do mestre e pelo caminho vejo meus irmãos e inúmeras flores e animais brincando em eterna alegria, Ah! Como tudo aqui vive em perfeita harmonia! A musica daqui é tão bela, é como se todo o universo cantasse em uníssono para você. Pergunto-me se aqueles com quem encontrei a pouco, conseguirão viver longe dessa música.
Palavras do Mestre aos Discipulos
"Não importa quem eu sou ou o que eu sou, mas o que eu represento."
"O verdadeiro Poder não é aquele que você domina ou controla, mas aquele que você pertence."
"Quando não lembramos de passado é porque Deus, nos deu uma chance de mudá-lo para algo melhor."
"Gira, gira, gira, roda, roda, roda... O mundo vive rodando, as vidas vivem girando, e as vidas giram nas rodas e as rodas giram na vida, na engrenagem que chamam de Mundo."
"Irmãos na Cruz, iguais na Rosa."
"Temos que dar valor ao Caminho. Porque o valor que damos a ele, é o valor que terá o Tesouro no final do Caminho."
"A Luz só ilumina nas Trevas."
"Não sou um homem que ama, sou um Amor que é homem."
"Que a Paz seja o Caminho, a Verdade seja a Asa e o Amor seja a Meta."
"Todo Místico é uma Borboleta."
"Entre os espaços está a nota do Silêncio."
"A Escuridão é a Ignorância da Luz."
sábado, 10 de maio de 2008
Philosephe Renatus
- Então, quem se oculta nesta névoa? Perguntei, pois sentia a presença de algo dentro daquela névoa negra, que pairava ao redor das colunas do Templo.
- Sou a Morte que vem do Oeste, aquela que entra em vosso quarto nas horas de sono, aquela que te cega nas horas de raiva, aquela que cresce nas horas de solidão. Sou teu primeiro e ultimo inimigo, que sempre espera a hora certa para atacar. Sou agora teu senhor e um dia, serei teu servo, mas ate lá, serás meu, agora, fala-me o que fazes aqui? Disse a névoa negra que agora assumia uma forma humanoide com asas feita de sombras.
- Vim acender a chama de meu coração, venho de terras distantes, rompendo as correntes que me aprisionavam, para aqui chegar e mostrar-te que agora EU SOU teu Senhor, por isso, afasta-te daqui! Porque senão, sentirás o fogo de minha espada e o Poder de minha Verdade.
Em seguida, ergui minha espada em frente ao peito e olhei para o vulto negro que ali pairava com olhar imperioso, e vendo que nada iria conseguir de mim, disse - me: “Estou sempre à espreita, lembre-se disso Neófito!” E sumiu, como a fumaça de um incenso, que se eleva como o pensamento, até o mundo dos Arquétipos, para um dia retornar em forma de matéria.
- Parabéns, afugentaste teus medos, mas não esqueça que um dia ele voltará, estejas pronto. Disse – me o Mestre.
Logo após o ocorrido, fui guiado para o interior do Templo onde receberia o renascimento sagrado pelas chamas do Sanctum Sanctorum...
Fim do Capítulo 2
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Momentos de Nostalgia
"Lágrimas de Sol
Em noite profunda
Germinando na aurora
Morrendo ao meio - dia"
"Descansamos no futuro
Corremos no passado
E andamos no presente"
"Cantamos no passado
Invocações do presente
As glorias do futuro"
"No levar do vento
O sabor do mar
A canção da Lua
Nos salões das árvores
"Cavando a terra
Encontrei uma moeda
Sorri com meu único dente
Guardei a moeda junto com meus outros dentes
Continuei a cavar na esperança de encontrar
Outra moeda para poder gastar"
"Na risada do louco
Encontrei um tesouro
Cheio de verdades
Ele ocultava a verdade
Nas palavras insanas
De um mundo louco
Onde o pobre é rico
E o mapa perdido"
Depois de tudo isso percebi que não tenho dom algum para poemas ou poesias. rs
O que uma noite melancólica não nos faz...